20.1.09

Na Europa, um desenvolvimento comum


Uma amiga enviou-me esta informação.
Fez-me reflectir, para além de todas as implicações reais desta época em que vivemos, sobre a evolução global do homem europeu, da sociedade europeia.
Aqui há coisa de uns dias, estava eu em casa a ver um documentário sobre a Tailândia, e fui surpreendida ao tomar conhecimento sobre a existência de uma Veneza tailandesa. Ora eu sou de Aveiro,quase nascida e criada, cidade catalogada como a Veneza de Portugal. Então mas afinal há uma Veneza em cada país? Com sorte ainda se se descobre um país com duas, ou até três...
Foi nesse momento que me apercebi, de uma forma mais apercebida, de que o mundo se divide em duas, ou três ou quatro leituras possíveis (por não ter um contacto próximo e conhecimentos necessários com outras realidades que não a europeia, não me é possível opinar sobre quantas leituras - aprendidas e partilhadas socialmente, desde o nascimento), que, neste momento, o homem mundial possui para ler o mundo que o circunda.
E daí por diante, um pensamento leva a outro e chego ao texto que abaixo vos proponho.
O eurocentrismo aqui está. Após séculos de desenvolvimento. Não posso negar que me ocorram pensamentos mais catastróficos, como estarmos a chegar ao fim de um ciclo, etc, etc.
Mas como reflexões abstractas e premonitórias pouco ou nada adiantam e, mais ainda, a nada levam, aqui fica apenas a partilha do que neste momento, é vivido pelos profissionais franceses, da área das ciências sociais, saúde e tantas outras, realidade que, penso eu, é também experienciada pelos profissionais portugueses.

Aqui fica, para quem quiser ler, um trecho da petição (www.appeldesappels.org ) que corre nos emails dessa França quase vizinha.

Accueil:
Alors que nos métiers respectifs, qu’il s’agisse de la santé, du soin, du travail social, de l’éducation, de la recherche, de la justice, de l’information et de la culture, subissent une attaque sans précédent de la part du gouvernement - alors que des appels de réaction et de protestations sont lancés par dizaines dans le pays - le temps est venu, nous semble-t-il, de coordonner ces différents mouvements et d’en tirer tout le sens politique.

Si cette initiative rencontre votre adhésion, nous vous proposons :
- de signer cet appel
- de le faire signer en le relayant dans tous les cercles et réseaux auxquels vous avez accès. Mais aussi et afin "d’étendre le domaine de la lutte :
- de participer à la réunion de coordination du 31 janvier, qui aura lieu, de 10 h à 18 h, au "104 rue d’Aubervilliers", à Paris, au cours de laquelle le pays réel se fera entendre à travers les témoignages des professionnels en lutte et devrait faire émerger des propositions d’actions transversales pour l’avenir.« Nous, professionnels du soin, du travail social, de l’éducation, de la justice, de l’information et de la culture, attirons l’attention des Pouvoirs Publics et de l’opinion sur les conséquences sociales désastreuses des Réformes hâtivement mises en place ces derniers temps.

A l’Université, à l’École, dans les services de soins et de travail social, dans les milieux de la justice, de l’information et de la culture, la souffrance sociale ne cesse de s’accroître. Elle compromet nos métiers et nos missions.

Au nom d’une idéologie de "l’homme économique", le Pouvoir défait et recompose nos métiers et nos missions en exposant toujours plus les professionnels et les usagers aux lois "naturelles" du Marché. Cette idéologie s’est révélée catastrophique dans le milieu même des affaires dont elle est issue.

Nous, professionnels du soin, du travail social, de l’éducation, de la justice, de l’information et de la culture, refusons qu’une telle idéologie mette maintenant en "faillite" le soin, le travail social, l’éducation, la justice, l’information et la culture.

Nous appelons à une Coordination Nationale de tous ceux qui refusent cette fatalité à se retrouver le 31 janvier 2009 à Paris. »

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