22.11.09

CURSO DE INTRODUÇÃO AO TEATRO DO OPRIMIDO






Nos passados dias 13,14 e 15 de Novembro teve lugar, no PERFORMAS-ESTÚDIO DE ARTES PERFORMATIVAS, em Aveiro, um CURSO DE INTRODUÇÃO AO TEATRO DO OPRIMIDO, dirigido à comunidade em geral.

Nas palavras de Augusto Boal:
Aprendemos a sentir, sentindo; a pensar , pensando; a agir, agindo.
O Teatro do Oprimido é um ensaio para a realidade.

“O TEATRO DO OPRIMIDO É UM SISTEMA DE EXERCÍCIOS, JOGOS E TÉCNICAS ESPECIAIS BASEADAS NO TEATRO ESSENCIAL, QUE PROCURA AJUDAR HOMENS E MULHERES A DESENVOLVEREM O QUE JÁ TRAZEM EM SI MESMOS: O TEATRO”(Declaração de princípios da Associação Internacional do Teatro do Oprimido.
DURANTE O DEBATE DE UMA SITUAÇÃO APRESENTADA/DRAMATIZADA, O INDIVÍDUO É CONVIDADO A TROCAR DE PAPEL COM OS ACTORES, DE FORMA A EXPERIMENTAR SOLUÇÕES ALTERNATIVAS PARA OS PROBLEMAS IDENTIFICADOS, FACULTANDO-LHE UM ESPAÇO VIVENCIAL. DESTA FORMA ADQUIRE FERRAMENTAS QUE O VALORIZAM ENQUANTO INDIVÍDUO E ESTIMULAM A SUA CONSCIÊNCIA SOCIAL.

Os formadores foram HUGO CRUZ e a EQUIPA NTO-PORTO.

Este evento resultou de uma parceria entre a ASSOCIAÇÃO OFICINAS SEM MESTRE e o NÚCLEO DE TEATRO DO OPRIMIDO do Porto. Com o apoio de PERFORMAS-ESTÚDIO DE ARTES PERFORMATIVAS.

4.11.09


O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss morreu na madrugada de sábado para domingo aos 100 anos, anunciou hoje a Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales.

Lévi-Strauss foi um dos grandes intelectuais franceses do século XX e lançou as bases da Antropologia moderna. Foi o primeiro membro centenário da Academia Francesa, para onde entrou em 1973. E foi também um crítico do etnocentrismo e de algum modo um precursor intelectual do movimento ecologista.

Foi também o primeiro antropólogo na Academia Francesa, a cujas sessões se deslocava regularmente até há não muitos anos.

Filho de judeus franceses, nasceu na Bélgica, em 1908, mas mudou-se para França ainda em idade de estudar no liceu. Depois, na Sorbonne, em Paris, estudou Direito e Filosofia, tendo sido professor desta última disciplina no ensino secundário.

Em 1935 foi para o Brasil. Aceitou um lugar como professor de Sociologia na Universidade de São Paulo, onde começou a sua carreira de etnólogo. Naquela época, havia milhares de índios nos subúrbios da cidade, o que lhe permitiu dedicar os fins-de-semana à sua nova disciplina.

Partiu mais tarde para o Mato Grosso e a Amazónia, onde contactou muitas tribos. Depois também estudaria índios norte-americanos.

Em “As Estruturas Elementares do Parentesco”, sua primeira obra de grande projecção, publicada em 1949, forneceu um novo método de análise que se tornou comum a muitos antropólogos. A tese do livro é que o "parentesco" está no centro da Antropologia que estuda o homem na sua dimensão social. E aqui o parentesco é entendido como as regras de aliança, de filiação, de residência ou de perpetuação das populações.

A sua obra mais marcante, “Tristes Trópicos”, chegou em 1950. Trata-se de uma autobiografia intelectual que recebeu o Prémio Goncourt e teve êxito também junto de um público muito para além da comunidade científica. E, em 1958, Antropologia Estrutural abre o caminho ao estruturalismo, a nova corrente do pensamento de que foi o principal teorizador, aplicando ao conjunto dos factos humanos de natureza simbólica um método que procura as formas invariáveis existentes em conteúdos diferentes. No ano seguinte era titular da Antropologia Social no Collège de France, de onde se reformou em 1982.

Lévi-Strauss criticou também o aparecimento de uma corrente de pensamento humanista que secundarizou a natureza, tornando-se assim num precursor do movimento ecologista.

Numa entrevista em 2005, Lévi-Strauss disse: "Dirigimo-nos para uma espécie de civilização à escala mundial (...) Estamos num mundo a que já não pertenço. Aquele que conheci, aquele de que gostei, tinha 1500 milhões de habitantes. O mundo actual tem seis mil milhões de humanos. Já não é o meu."

fonte do artigo
http://www.publico.clix.pt/Mundo/morreu-claude-levistrauss_1408137

3.11.09

Workshop de Iniciação ao Teatro do Oprimido


A Associação OFICINAS SEM MESTRE organiza um Workshop de Iniciação ao Teatro do Oprimido, numa parceria com a Associação PELE e o Núcleo de Teatro do Oprimido do Porto.
O Formador será o Hugo Cruz, Psicólogo e formador na área do Teatro Social e Desenvolvimento Comunitário, conhecido recentemente por projectos como este, http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/emreportagem/?k=Tempos-Tremendos.rtp&post=2497 com um grupo de operários de cortiça em Santa Maria da Feira.

Datas:
13 de novembro. 18h30 - 23h00
14 de novembro. 10h00 - 13h00 e 14h00 - 18h30
15 de novembro. 10h00 - 13h00 e 14h00 - 17h00

Duração: 20 HORAS
Preço: 70 euros (público em geral), 50 euros (sócios da OFICINAS SEM MESTRE)
Destinatários: público em geral
Local: Performas (Aveiro)

Inscrições e informações:
oficinasemestre@gmail.com
tlm. 914309736 / 967889999

1.11.09

A Língua Toda: dia 1 ( Cont.)- improvisação e encontro





Dizem que as imagens valem mil palavras. Até posso, de um certo prisma, acreditar. Mas Emily Dickson conquista-me de forma irredutível: "I know nothing in the world that has so much power than a word. I write one, and I look at it, until it begins to shine".
Portanto, vou pôr algumas palavras nestas imagens: estamos num bar da cidade e é sexta à noite, mas todos manuseiam livros. Circunspectos ou descontraídos, irónicos, desconfiados, maravilhados, surpresos, indiferentes ou críticos. Saltam alternadamente para o palco os mais audazes, os que já andam há muito nestas andanças de andarilho, os que amam tremendamente os livros e não podem deixar de dizer,os que vêem neste dia uma opotunidade para, como num trapézio com rede, poderem experimentar-se sem receios. É uma noite sem fim. Até à decadência, dizemos a brincar e a sério.

A Língua Toda: dia 1 ( cont.) - improvisação e encontro





A Língua Toda: dia 1 - improviso e encontro