17.10.08

"A faca não corta o fogo"

Finalmente Herberto. Já esgotou na 'minha' livraria.Achei que merecia ser partilhado.
( Sabe bem sentir que continuo disponível para o espanto.)


" e eu que sou louco, um pouco, não ao ponto de ser belo ou maravilhoso ou assintático ou mágico, mas:
um pouco louco,
porque faço com mãos estilísticas um invento fora e dentro dos estados naturais:
e a faúlha e o ar à volta dela, joia, digo, quero-a de repente,
e as matérias maduras e dramáticas: ouro,petróleo:
e com que potência mandibular me debruço sobre o prato,
e ávido e inculto,
com mão de aprendiz côlho o áspero alimento do mundo,
e rosto, membros, torso, radiações dos dedos,
trabalho no meu nome,
obra pequena de hemoglobina, enxôfre, células, osso, lume,
para estar mais perto de quem acaso me chame ou toque
- eu,
sem beleza nem maravilha,
só dor,
desamor ou descuidada memória-
mas me conheça por isso que não é bem música,
talvez sim um som
dificílimo, sêco,acerbo, rouco, côncavo, precaríssimo,
de apenas consoantes
pregos"

( Herberto Helder, A faca não corta o fogo, 2008)

13.10.08

I Colóquio de Psicoterapia Psicanalítica

Realiza-se nos próximos dias 7 e 8 de Novembro, no ISPA em Lisboa, o I Colóquio de Psicoterapia Psicanalítica dedicado ao tema "Modelo(s) em Psicoterapia Psicanalítica".

Ver o Programa aqui.

Informações e inscrições: coloquioappsi@gmail.com

10.10.08

Dia Mundial da Saúde Mental

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Este ano, o tema da campanha, definido pela Federação Mundial de Saúde Mental, é “Fazer da Saúde Mental uma Prioridade Global – Melhorar os Serviços através da Advocacia e da Participação dos Cidadãos”. O objectivo é relembrar a necessidade contínua de “tornar as questões de saúde mental uma prioridade global”, sublinhado o facto, muitas vezes ignorado, de que a saúde mental é uma preocupação universal. A doença mental não escolhe as suas vítimas, podendo ocorrer em todas as culturas e em todas as fases da vida.

Também hoje, pelo DN, ficamos a saber que "A partir do próximo ano, vão começar a ser criadas residências para pessoas com doenças mentais graves e incapacitantes. De acordo com Caldas de Almeida, Coordenador Nacional de Saúde Mental , "o objectivo é integrar aos poucos as duas mil pessoas que estão em hospitais psiquiátricos ou institucionalizadas em unidades das ordens religiosas", refere. O diploma que vai reger a criação destas estruturas será aprovado em breve, garante."

Uma boa notícia!

8.10.08

L'enfant et la peur d'apprendre, Dunod Editeur


« Les difficultés d'apprentissage des 15 % d'élèves qui n'arrivent pas à accéder à la maîtrise des savoirs fondamentaux relèvent d'une logique que nous refusons de prendre en compte, celle de la peur d'apprendre et de sa conséquence majeure : l'empêchement de penser. Ces enfants intelligents inventent en effet des moyens pour figer leurs processus de pensée. Cette stratégie leur permet d'échapper aux inquiétudes et aux frustrations que provoque chez eux l'apprentissage. Pourquoi la pédagogie ne se sert-elle pas davantage de la culture et du langage, les deux outils les plus efficaces qu'elle porte déjà en elle, pour répondre à ce défi de l'empêchement de penser ? Le nourrissage culturel intensif et l'entraînement quotidien à débattre permettent de lutter efficacement contre l'échec scolaire, tout en stimulant l'intérêt et la participation des meilleurs élèves. N'ayons plus peur de la classe hétérogène. C'est sur elle que repose l'espoir de remonter le niveau de notre école. »
Sommaire :
Comment ne pas apprendre à lire, à écrire et à parler après douze années passées à l'école. De la peur d'apprendre à l'empêchement de penser. L'empêchement de penser par l'exemple. La psychopédagogie pour se réconcilier avec les apprentissages. Comment relancer la machine à penser avec la culture et le langage. Renouer avec les quatre principes fondamentaux de la pédagogie. Le nourrissage culturel intensif et l'entraînement quotidien à parler. Les ateliers d'auto-formation.

Psychanalyse du lien tyrannique


Retomei este livro, na sequência da preparação de uma acção de formação para professores que, ao que parece, se sentem "descabelados".

Penso que é uma preocupação comum a questão da falta de limites, dificuldade de concentração, dificuldade de aceitação de normas sociais, necessidade constante de comportamentos desafiantes e provocatórios, verificada nas crianças e adolescentes, por parte de todos os profissionais que com eles trabalham.

Psychanalyse du lien tyrannique, de forma geral, trata as ligações existentes entre o espaço subjectivo, organizado pelos efeitos do inconsciente, e os espaços da relação intersubjectiva, da cultura e das instituições. Numa abordagem que visa a articulação entre a clínica, a reflexão metodológica e a elaboração teórica.

À laia de convite, deixo uma descrição do que se pode encontrar no primeiro capítulo.

" Les enfants qui « poussent à bout »
" Une première série d' hypothéses concerne la quête de l'objet perdu. Les comportements de provocation, d'opposition agressive, destructrice, tyrannique, sont considérés comme des modalités de traitement d'expériences de perte précoce, de désespoir agonistique. Ces mises en scène interactives et intersubjectives révèles à la fois la contrainte qui s'impose à l'enfant de créer un parent défaillant, et la nécessité dans laquelle il se trouve de retrouver dans une quête incessante l'objet aimé et perdu. L'enfant qui pousse à bout cherche à retrouver l'objet perdu, à le ranimer, mais il cherche aussi à savoir ce qu'il y a « au bout ». L'enfant cherche à faire l'éxperience à la fois du démenti de la destruction de l'objet et du démenti de sa propre annihilation de la part de l'objet (...). Par ailleurs, l'enfant cherche à soulager la culpabilité d'avoir détruit l'objet. Ces hyphothèses mettent en débat, en particulier, les notions de « tendance antisociale » et de « contrat masochiste ».

Psychannalyse du lien tyrannique, Inconscient et Culture, colection créée par Didier Anzieu et dirigée par René Kaës

7.10.08

Curso Intervenções Artísticas em Espaços Públicos e obras Site Specific


Estão abertas as inscrições para o curso de 30h sobre Intervenções Artísticas em Espaços Públicos e obras Site Specific na Universidade Lusófona, Porto. O curso começará dia 15 de Outubro e terá nomes como Joana Vasconcelos, Laurinda Alves, Ricardo Nicolau entre os convidados. O projecto final será a criação de uma intervenção artística num espaço público do Porto que será posto em prática durante o ano de 2009.

O progama do curso encontra-se neste link:
http://www.grupolusofona.pt/portal/page?_pageid=194,1585657&_dad=portal&_schema=PORTAL

«O fim das humanidades»


CONFERÊNCIAS DAS QUINTAS
(quinzenalmente)

Em co-organização, o Grémio de Instrução Liberal de Campo de Ourique (GILCO)e a edição portuguesa do Le Monde diplomatique promovem quinzenalmente,às quintas-feiras, um ciclo de conferências, no colégio do GILCO, em Campo de Ourique.

Dia 9 de Outubro, pelas 21h30, e contará com a participação
do Prof. Eugénio Rosa.

Dia 23 de Outubro, pelas 21h30, «A segunda crise dos sistemas liberais do Ocidente», com a participação do Prof. Fernando Rosas.

Entrada livre.
Mais informações em http://pt.mondediplo.com ou através dos e-mails monde-diplo@netcabo.pt e gremio@gremionet.com.

3.10.08

Workshop Brincar ao faz de conta... para adultos


Lisboa - Parque das Nações (Hospital Cuf Descobertas ) 11 Outubro 2008 (sábado)Objectivo: No Workshop “ Brincar ao Faz de Conta…” vão ser realizados vários exercícios e actividades que de modo lúdico e harmonioso propiciam:o desenvolvimento das capacidades de expressão e comunicação;a desinibição e a auto-confiança;a concentração e o relaxamento;a alegria;o desenvolvimento afectivo com o conhecimento da própria sensibilidade e a dos outros;desenvolver das capacidades criativas e artísticas.
Temas: Exploração de diversas formas e atitudes corporais;Descoberta e exploração da voz;Descoberta e exploração dos espaços;Jogos de imaginação e de confiança;Exercícios de expressão verbal e gestual;Jogos de relação e comunicação com o outro;Improvisações e dramatizações.
Formadora: Dra. Célia Celas - Antropóloga, Actriz e Professora de Expressão Dramática
Organização e Secretariado
Oficina Didáctica
Rua D. João V, nº 6 B (ao Rato)
1250-090 Lisboa
Tel.: 21 387 24 58
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