23.4.08

On men crying: Lear´s agony








... touch me with noble anger,
And let not women´s weapons, water-drops,
Stain my man´s cheeks!...
......
I have full cause of weeping; but this heart
Shall break into a hundred thounsand flaws,
Or e´re I´ll weep. - O fool, I shall go mad.

King Lear (II.IV. 271-281)

Resume
King Lear vowed that because he was a man he would rather go mad or die than weep. Many adult male patients in psychoanalysis have just such an internal prohibition against crying, learned individually and often culturally encouraged, a prohibition that affects their hability to process loss, maintain intimacy, and accept vulnerability. It is suggested that the appropriate psychoanalytic rolle with these patients is to recognize and actively address this culturally supported prohibition. In addition, it is proposed that the prohibition against men crying may be a consequence of male envy of maternal traits and other feminine characteristics. Further, it is suggested that the development theory that the male child must "desidentify" with the mother memorializes a phallicism that often invokes the prohibition against crying in men and is itself mistaken.
...
My goals here are three: to identify and explore the personal and culturally driven prohibition against crying, exemplefied by Lear, as it appears in male patients; to make recommendations as to the appropriate psychoanalytic stance to take towards this phenomenon when it appears in treatment; and to consider the developmental and cultural factors that contribute to the etiology of this symptom. pp.1068

On men crying: Lear´s agony. Richard Reichbart, 2006, Journal of the American Psychoanalytic Association, Vol. 54, 4.

18.4.08

Freud Museum

Pois é, estive lá, perguntava-me a mim própria pelo caminho se seria importante, o que é que interessa?, é a obra ou o homem ou ambos?, perguntava-me todas essas coisas, sem saber responder. Logo ao sair do metro, fiquei aflita pois sem esperar encontrei uma daquelas livrarias quase inteiramente psicanalíticas, devo ter passado lá mais tempo do que em frente às estatuetas do Freud. Depois segui, Hampstead é bonito, moradias em fileira, jardins frondosos e uma calmaria indescritível e ao fim da rua a famosa Tavistock Clinic, tudo ali mesmo à mão. Andei, andei, mas logo o mapa me fez recuar até à exacta localização, pois as setas que começam na estação não servem de muito entre a paisagem monótona de Londres e dos seus bairros residenciais. Uma casa igual a tantas outras, um jardim bem cuidado e sem placas. Parei, respirei fundo tentando perceber se a minha entrada seria permitida, ou se não estaria pura e simplesmente a invadir propriedade alheia, mas a porta cedeu e eu entrei. Já não me espanto, estava o porteiro… num minúsculo hall de entrada aos berros ao telefone com a mulher ou a sobrinha, a sua voz ecoava por toda a casa, em conjunto com uma outra voz vinda do primeiro andar. O senhor era português, claro, e fez-me avançar prontamente para a pequena loja improvisada numa espécie de marquise das traseiras, onde pude encontrar acumuladas em prateleiras todas as piroseiras típicas dos museus, tipo porta-chaves a dizer super-ego e ainda alguns livros apetecíveis e quase toda a obra da Anna Freud. A casa era também dela, aliás foi dela por muito mais tempo, pois Freud apenas passou ali o seu último ano de vida. Contudo, não deixa de ser impressionante que na sua fuga aos nazis, Freud tenha feito transportar para Londres o mais importante da sua imensa biblioteca, os móveis históricos da psicanálise e a sua valiosíssima colecção de arte ou de artefactos, autênticas raridades negociadas no mercado negro (sobretudo da antiguidade clássica) e também objectos banalíssimos, quotidianos e funcionais de outras épocas. Diz-se que tentou reproduzir ali o seu espaço criativo de Viena, a exacta disposição, a estante com os livros mais importantes diante da escrivaninha, a meia dúzia de estatuetas aí colocadas, em frente do papel e caneta, imagino os diálogos de Freud com estas estranhas criaturas que o acompanharam talvez por mais de 40 anos de criação e o charuto, claro, imóvel no cinzeiro. E os óculos pousados ali, impressionou-me... pena é que não tenha podido avançar para além da soleira da porta, queria ter vasculhado os livros de uma ponta à outra e ainda teria tido espanto para as estranhas figuras e objectos que acompanharam o acontecer da psicanálise. Pergunta a Ana num post abaixo qual será a verdadeira extensão da psicanálise hoje e como se fará ela sentir nos nossos actos quotidianos. Não sei, mas só me lembro desta ideia que li algures, terá sido talvez a intuição de Freud também, de que a importância da psicanálise se faz sentir na exacta medida da imensa resistência que provoca, tanto hoje como ontem.

Beijos grandes para todas, estou a caminho do nosso país que tem um sol tão lindo.

How psychoanalytic theory has fresh revelance to the twenty-first century


"We must let it be known - over and over in every way possible - "that it is okay to talk about psychoanalytic and what the analyst does, and how psychoanalytic theory has fresh revelance to the twenty-first century." Newell Fischer, A fear of trying: dysfunctional conservatism.

Ainda na leitura de Newell Fischer, por considerar que, apesar de o artigo em questão ter sido publicado há já 3 anos, a sua pertinência ser gritante.

Não é raro, no dia-a-dia, nas conversas de café, nos almoços de família, nas reuniões profissionais, ou, de forma menos directa, na padaria, autocarro ou eléctrico, deparar-me com o desafio, a controvérsia, o desacordo, e mais que tudo, a obrigação (muitas vezes por se tratar de uma questão de honra), de ter de explicar o que é que é isto de ser psicóloga (ainda por cima Psicóloga Clínica, e, como se não bastasse, Psicóloga Clínica de orientação Psicanalítica), nesta época de globalizações, antentados terroristas, expansão europeos, planos tecnológicos, alterações climatéricas e tudo o mais que nos consome (a mim, pelo menos, entre tantas outras coisas) a actividade mental diária.

Não é menos raro, trocar os pés pelas mãos, perder o pio, dizer silenciosamente "Mas este/a gajo/a é estúpido/a ou quê?!", questionar-me irritada "Como é que vou resumir isto tudo (sendo que neste Tudo está incluído todo o desenvolvimento da sociedade desde o surgimento de Sigmund Freud, da sua teoria, e todas as implicações que a construção da teoria psicanalítica teve em termos sociais, familiares e económicos) numa conversa de café, entre barulhos de máquinas, clientes que se acotovelam e cadeiras que não param de se arrastar, ora para a frente e para trás, ora para os lados, de cá e lá.


Por isto e muito mais, lanço a questão:

O que é que a Psicologia, mais precisamente, a Psicanálise, trouxe de novo para o século que passou, pai deste século que nos acolhe, ou que nós acolhemos (isso agora é que eu já não sei)?

Em Brasa - Teatro o Bando


Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio. Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido o português.

Osvaldo de Andrade

"Ao longo das gerações sempre estivemos sujeitos à erosão de uma tantas quezílias e de outras tantas lutas; ficaram as memórias e os afectos de outros cheiros, de outras cores. Ainda bem que não somos puros porque seríamos decadentes, e porque é nesta impureza que reside - e assim resiste - a nossa identidade como povo."

17 a 26 de Abril
EM BRASA
Teatro o Bando
quarta a sábado às 21h; domingo às 17h30
Sessão com interpretação em língua gestual portuguesa: 20 de Abril, DOM às 17h30Sala principal SÂO LUÍS
M/6
Preçário: 10€ a 20€ (habituais descontos SLTM); 5€ menores de 30 anos

17.4.08

Analyzing The Imagery Off the Couch


" NOT to dredge up old news, but you may recall that several weeks ago America's most lethal psychiatric patient, Tony Soprano, walked out on his shrink, Dr. Jennifer Melfi.

Yes, yes, we realize this was a television show. But we're not the only ones with trouble at times separating reality from illusion. Even the American Psychoanalytic Association can fuzz the line between the two. So smitten is it with Dr. Melfi that barely a year ago it gave a special award to the actress who plays her, Lorraine Bracco.

What, then, does it think about an honored colleague being treated so cavalierly by this lug?

It seems fair to ask, given that hundreds and hundreds of association members are in New York for the first time since that award. They are here for their winter gathering at the Waldorf-Astoria, a five-day affair that will stretch through the weekend.

(Note that of the association's roughly 3,500 members, 700 live in and around the city. Metro New York's share of the United States population is about 7.5 percent. Yet we have 20 percent of the shrinks. You be the judge of what this says about the state of our mental health.)

Back to Tony Soprano. Let's put the question to the shrinks in terms that everyone can understand: how does what he did to his therapist make them feel?

Not bad at all, they say. Who knows? He may yet come back.

More important, ''it's real life -- patients leave us all the time,'' said Dr. Leon Hoffman, a former chairman of the association's committee on public information. His successor in that position, Dr. Kerry J. Sulkowicz, added, ''Patients don't stay in treatment forever.''

These guys must have missed a lot of Woody Allen movies if they believe that.

In fairness, they have bigger concerns than Dr. Melfi's patient load. One is their own public image. It isn't good, they say, and in part they have themselves to blame.

''We've probably isolated ourselves too much from the rest of the mental-health community,'' Dr. Sulkowicz said. With the general public, he said, not enough has been done to ''articulate some of our ideas in plain language and to be useful to the world outside the consulting room.''

Dr. Newell Fischer, the association's president, is even more blunt about the problem. The image of psychoanalysts is ''dismal,'' he wrote in the organization's newsletter. They are viewed as ''aloof, uncaring, too intellectual and arrogant.''

Thank goodness, he threw in ''too intellectual'' with the other adjectives. Otherwise, we might have thought he was talking about journalists.

OF course, defining positive and negative when it comes to image is a tricky business.

The Melfi character was praised by Dr. Hoffman for having established ''professional boundaries'' with Tony. She doesn't hop into the sack with him, as the Barbra Streisand shrink does with Nick Nolte in the film ''The Prince of Tides.''

But they can be full of surprises, these psychoanalysts.

You would think they'd like warm and cuddly film shrinks like Judd Hirsch in ''Ordinary People'' or Robin Williams in ''Good Will Hunting.'' No way, Dr. Sulkowicz said. ''The characters create totally unreasonable expectations of what an analyst can do,'' he said. They give you the idea that ''once you get connected up with a long-forgotten memory, you're fixed.''

''While on the surface it sounds great,'' he said, ''this ultimately does a disservice.''

Want to hear Dr. Sulkowicz's idea of good shrink characters?

Hold onto your couches. He likes the chomping Hannibal Lecter in ''The Silence of the Lambs'' and the bumbling Billy Crystal in ''Analyze This.'' They may be outlandish, he said, but they ''touch on some fairly ubiquitous fears that patients have about being in therapy.'' One fear for patients is that they may be sharing their innermost thoughts with someone who is in as bad shape as they are.

It's almost enough to make you reach for a drink.

Some psychoanalysts at the Waldorf did just that yesterday, while listening to Toby Williams, a singer with a group called Cocktail Angst. She sang numbers with titles like ''Shrinker Man'' and ''I Can't Get Adjusted to the You Who Got Adjusted to Me.'' There was also a Rodgers and Hart song called ''To Keep My Love Alive.'' Sounds sweet, no? It's about a woman who marries one man after another, killing each before the romance can wear off.

With so many Freudians on hand, Ms. Williams steered clear of that Sinatra standard, ''You Make Me Feel So Jung.'' "

http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9D02EED91F30F937A15752C0A9659C8B63&sec=&spon=&pagewanted=1#

NYC; Analyzing The Imagery Off the Couch By CLYDE HABERMAN
Published: January 24, 2003

15.4.08

"The fear of trying"


As the American Psychoanalytic Association faces mounting external pressures that threaten its very survival, its leadership and members appear increasingly preoccupied with issues of internal governance and training standards. This inward gazing, though in keeping with analysts’ personality and occupational traits, serves to obscure and defend against the anxieties associated with threats from the surround.
Such maladaptive defensive activity contributes to organizational stagnation, dysfunctional conservatism, and a “fear of trying.” Suggestions to combat this self-defeating behavior are offered.


No artigo, Dr. Fischer relembra algumas questões com que frequentemente nos deparamos. As quais reescrevo aqui como oportunidade de conhecer a vossa posição.

What constitutes an analytic process?
What defines cure in psychoanalysis, and what promotes such change?
What is the nature of analytic data, and what are the prospects of establishing meaningful controls?


Newell Fischer refere ainda o conceito de defesa social, referido inicialmente por Elliot Jaques em 1955, e desenvolvido por Isabel Menzies (1967), resultado da observação que faz numa enfermaria considerada como disfuncional.
Conceito que aqui realço por considerar que este permite pensarmo-nos, internamente, ou pensarmo-nos nas instituições que integramos, ganhando com isso formas para arrumarmos os fenómenos que muitas vezes sentimos como inomináveis ou não definíveis.

Menzies defined a social defense as “a socially structured mechanism of defense—which appears as elements in the structure, culture and mode of functioning of the organization. An important aspect of such socially structured defense mechanisms is an attempt by individuals to externalize and give substance in objective reality to their characteristic psychic defense mechanisms. A social defense system develops over time, as the result of collusive interaction and agreement, often unconscious, between members of the organization as to what form it shall take. The socially structured defense mechanisms then tend to become an aspect of external reality with which old and new members of the institution must come to terms”.

Retomando a questão principal do artigo, Fischer refere.

Over the past several years, and in particular in my two years as president, I have become increasingly concerned about the social defenses that have taken hold in our organization to its detriment. I will focus on two areas: (1) our propensity to become preoccupied with our internal functioning as a way of avoiding external threats, and (2) a level of dysfunctional conservatism, an organizational inhibition
to act decisively, what I refer to in my title as “a fear of trying.”


O autor resume a sua posição.

As individuals and as a group, we have selected a field of work in which our gaze is directed largely to the interior. We seek to understand forces beneath the surface, to cast light on hidden demons; we search the shadows for underlying meaning in unconscious fantasy and infantile experience. Our training and our personal analyses complement and refine this propensity for inward gazing and self-exploration. We are suspicious of simple and superficial explanations and seek to uncover what is latent. For many, the most defining aspect of the psychoanalytic
enterprise is that it is a procedure for the investigation of mental processes that are inaccessible in any other way.


A fear of trying: dysfunctional conservatism. Newell Fischer, Journal of The American Psychoanalytic Association, 2006, Vol. 54, 1.

Gostaria de ressalvar que, para além do seu conteúdo, o artigo captou o meu interesse por representar a capacidade de análise sobre a dinâmica de uma equipa, constituída por profissionais de sólida formação, e que, por ser constituída por pessoas e estar inserida num contexto social, apresenta sensibilidades, sobre as quais Dr. Newell Fischer reflecte e apresenta a sua posição.

Ao longo do curso, e após ter concluído o curso, procurei desenvolver alguma prática como Psicóloga Clínica pelo que realizei estágios em diferentes equipas de saúde mental. Penso que não serei injusta ao afirmar que em nenhuma das equipas com as quais trabalhei tive o prazer de me deparar com este tipo de olhar, análise ou desejo de crescimento e construção. Encontrei sim o medo da crítica, o receio de um olhar mais profundo e a resistência a qualquer forma de mudança. Importa referir que não me refiro, obviamente, a cada profissional isoladamente, mas sim a cada um como ser integrante de uma equipa e, como tal, influente e influenciado por esta.

Desejo que a leitura integral do artigo possa despertar um pouco dessa vontade e arrojo que antecede o começar de um novo pensamento, construção de um novo olhar, atitude ou posição.

The role of lack in the analytic process


It is an oft-noted clinical phenomenon that the analyst’s mistakes are beneficial to the analytic process. Although the analyst’s mistakes, misunderstandings, and faulty functioning have been described by psychoanalysts of various theoretical persuasions, no overall theory has been advanced to account for this clinical phenomenon. To address this theoretical lacuna the central Lacanian notions of lack and desire are brought to bear. In particular, lack, or nothing, is presented as an essential working condition of the analyst, one that if understood,
recognized, and tolerated can positively inform the analyst’s attitude. By contrast, theoretical biases that privilege presence can obscure lack as an important contributor to the analyst’s attitude. A clinical case demonstrates that both analyst and patient struggle with deep anxieties generated by lack, and that both are repeatedly tempted to solve these struggles by settling for obsessional solutions.
pp. 397

Lack is the source of great anxiety. Lack is also an importante condition of our relative freedom from neurotic conflict. These two questions - the nothing that is a source of fear and the nothing that is a source of help from the outer boundaries of my remarks. pp.398

"Nothing could be further from the truth": the role of lack in the analytic process. Mitchell Wilson, Journal of The American Psychoanalytic Association, 2006, Vol. 54, 2.

7.4.08

Alívio rápido

Hoje no The Guardian:

As crianças estão a ser postas em risco pelo uso de medicação anti-psicótica prescrita para controlar problemas comportamentais como a hiperactividade. No Reino Unido, o número de crianças a tomar este tipo de medicação duplicou desde o início dos anos 90 e nos Estados Unidos estima-se que 2.5 milhões de crianças tomem anti-psicóticos. Contudo, o uso de anti-psicóticos não está licenciado para este tipo de população (apenas para adultos) e tão pouco há dados suficientes que comprovem a sua eficácia e segurança. Ian Wong, professor de Investigação em Medicina Pediátrica na London School of Pharmacy, sustenta que em crianças sob medicação anti-psicótica a taxa de mortalidade é muito mais elevada e David Healy, professor de Psicologia Médica, afirma que pode haver muitas razões para isso, desde logo porque esta é uma droga que actua no sistema dopaminérgico, também responsável pela regulação cardiovascular.

De qualquer forma, penso que todos nós, no nosso contacto clínico com pacientes sob medicação anti-psicótica, crianças ou adultos, sentimos os efeitos adversos desta medicação. A quebra no imaginário, a dificuldade em pensar e em sentir, o afastamento da realidade, a desvitalização, a apatia, a tristeza sem tristeza, etc. É evidente que há casos em que tal administração se justifica, com muita precaução e sabedoria, mas outra coisa parece ser o uso abusivo em situações que mais fazem lembrar a aplicação de um castigo ou correctivo. O menino porta-se mal, é irrequieto, chateia tudo e todos e a sua sentença é ditada: hiperactividade. Associada a essa sentença vem muitas vezes a consequência: a medicação para acalmar.

Depois haveria ainda outras considerações a fazer como seja o interesse da indústria farmacêutica, a falta de tempo e de formação dos médicos, a falta de recursos na saúde mental, tudo aspectos que não deixam de ter peso no facto de se medicar cada vez mais as crianças, ao invés de se procurar ir além do sintoma.

Penso aliás que este é também um sintoma das nossas sociedades de alívio rápido.

Workshop Design e Quotidiano









Local: Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural - Lisboa
Data e Horário: 19 de Abril de 2008 (sábado), das 10.00 às 17.00h
Organização e Secretariado: Oficina Didáctica
Rua D. João V, nº 6 B (ao Rato)
1250-090 Lisboa
Tel.: 21 387 24 58
Email: info@oficinadidactica.pt
www.oficinadidactica.pt

Formadores:
João Sabugueiro - Arquitecto
- Ex-colaborador no escritório do Arq. Álvaro Siza Vieira, coordenador de vários projectos, nomeadamente o Centro Galego de Arte Contemporânea.
- Fundador do grupo de design Uficio
- Exerce a profissão liberal na cidade do Porto

Joana Delgado - Arquitecta
- Ex-colaboradora no escritório da Arq. Paula Santos, sendo responsável pela direcção e coordenação do projecto e obra da Igreja da Santíssima Trindade – Fátima
- Exerce a profissão liberal na cidade do Porto.

Objectivos:
- Sensibilizar os participantes para o papel interventivo e formador do design na definição do quotidiano.
- Proporcionar aos participantes uma abordagem aos mecanismos e metodologias projectuais do design, quer enquanto actividade autónoma, quer na sua aproximação às artes visuais.

Conteúdos Programáticos:
- Enquadramento histórico e definição do campo disciplinar – áreas de intervenção;
- Introdução à teoria do design; a Forma e a Função ou Forma/Função ?
- Metodologias projectuais. Apresentação de exemplos;
- O design como interveniente cultural e formador do quotidiano. Apresentação de exemplos.

Destinatários: Profissionais com intervenção nas áreas da Educação; Estudantes de cursos das áreas da Educação; Público em geral
Critério de Admissão: Ordem de chegada da Ficha de Inscrição

Preço de Inscrição: Até 11 Abril 2008 - 75 € ; Após 11 Abril 2008 - 100 €
Possibilidade de efectuar o pagamento com 2 cheques pré-datados (30 Março e 30 Abril ‘ 08)
Nota: O cheque deve ser passado à ordem de Oficina Didáctica e enviado juntamente com a ficha de inscrição.
Se preferir efectuar o pagamento por transferência bancária, por favor solicite-nos o NIB.(Caso a inscrição não seja aceite, os valores pagos serão devolvidos na totalidade).

Data Limite para inscrição: 11 Abril – 6ª feira

5.4.08


As "histórias de vida em formação" contam, sob a forma de uma peregrinação "vital", a busca de um saber-viver que se desenvolve, (...) em torno de 4 eixos principais: a busca de si e de nós; a busca de felicidade; a busca de sentido; a busca de conhecimento ou do "real". (...) cada um à sua maneira participa na interrogação essencial que gira à volta da possibilidade de encontrar o "seu devido" lugar numa comunidade, de definir orientações de vida que satisfaçam um sentimento de integridade e de autenticidade e, finalmente, de pôr em evidência a formação dos sentimentos que dão cor ao conforto de viver.
Se o projecto é a acção de transformar o tempo e as energias de cada um em experiências, quer dizer, se é produzir um valor acrescentado que constitui, por isso mesmo, um recurso novo, então ele é abertura.
M.-Ch. Josso