11.2.08

Ernst Jünger: que a beleza nos preserve do mal!


Sobre Ernst Jünger, João Barrento escreve-nos

"Há escritores com uma obra tão reverberante que cega. Há existências tão intensas e complexas que o princípio-chave para as entender só pode ser o da contradição que as informa. Há textos cuja leitura descontextualizada pode provocar uma vertigem que só esfria quando os pensamos no lugar relativo que ocupam. Quando a tudo isto se vem juntar uma vida que atravessa todo o século XX, agindo nele e com ele, e procurando lê-lo a cada momento - estamos então perante um daqueles casos, uma daquelas obras que se agigantam, em relação aos quais todo o maniqueísmo está condenado ao fracasso. Esse é o caso, essa é a obra, de Ernst Jünger, verdadeiramente um autor do século (n. 1895) e certamente o mais controverso da literatura alemã dos últimos setenta anos, que soberanamente vem ignorando, e um catalizador das mais acesas discussões envolvendo as grandes ideologias deste século - anarquismo e fascismo, democracia e comunismo, nacionalismo conservador e sociedade aberta, direita reaccionária e nova esquerda, liberalismo e ecologismo..,"

http://www.revista.agulha.nom.br/ag31junger.htm

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