12.11.07

Magia, sabedoria e ciência

"A psicoterapia não é nem um ritual mágico nem uma estratégia médica anti-infecciosa. Pelo contrário (...) o objectivo da psicoterapia é dar poder aos pacientes para estes potenciarem as suas vidas na complexidade dos seus mundos.
"A psicoterapia, tal aliás como qualquer outro tipo de terapia, não pode impedir ou limitar a multiplicidade de construções bem como a erosão inerente ao próprio ciclo de vida. O melhor que poderemos fazer é sermos humildes na nossa ciência-prática, ajudando o paciente na sua construção e exploração dos seus encontros com a vida.
"O resultado de qualquer processo terapêutico é, no entanto, constrangido por certos limites. (...) os limites da psicoterapia são também os limites do psicoterapêuta como co-produtor das narrativas terapêuticas.

"No decurso das últimas décadas, o treino de psicoterapeutas tem sido inspirado no modelo do cientista-pratico. De cordo com este modelo, o psicoterapeuta deverá ser treinado a assumir uma dupla atitude: por um lado, a de um sólido cientista e investiador e, por outro, a perícia de um prático clínico (cf., Derner, 1965). O' Donohue (1989) sugeriu que este modelo fosse completado com a tríade - metafisico-cientista-pratico. Por outras palavras, (...) a nossa compreensão e prática da psicoterapia é parte daquilo que somos como pessoas (Gonçalves & Barbosa, 1990).

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