Uma das razões apontadas como das mais importantes para o «mais velho» se desenvolva intelectualmente é o facto de, durante um certo período de tempo, não dividir a atenção dos pais com mais ninguém.
«O que conta é a posição social dos irmãos e não as diferenças biológicas entre eles», sustentam os responsáveis pelo estudo.
Há ainda outros especialistas que ligam a diferença do QI ao útero da mãe, porque, a cada gravidez, a mãe produz uma quantidade maior de anticorpos, que podem afectar o cérebro do bebé.A discussão é sempre a mesma e é velha: o que medem afinal os testes de inteligência? Ter um QI muito alto é sinónimo de ser muito inteligente? Todas as inteligências podem ser medidas?
Outra discussão é a da importância da relação precoce (inquestionável hoje) que me parece implícita neste estudo. Mais concretamente da importância da afectividade no desenvolvimento das estruturas cognitivas. O filho mais velho teria (supostamente) mais atenção, mais cuidados, não partilharia o espaço... teria mais tudo e gastaria inclusivamente os recursos maternos, o que daria em mais aptidão para responder aos testes estandardizados.
Confesso que não li o artigo, apenas o que foi noticiado e, sem querer negar as inevitáveis diferenças entre irmãos, parece-me que o estudo em causa privilegiou mais a "quantidade" do que a "qualidade" das relações e dos QI's.
Fonte: Diário Digital